Um gato vivo é qualquer coisa linda
Nada existe com mais serenidade
Mesmo parado ele caminha ainda
As selvas sinuosas da saudade
De ter sido feroz. À sua vinda
Altas correntes de eletricidade
Rompem do ar as lâminas em cinza
Numa silenciosa tempestade.
Por isso ele está sempre a rir de cada
Um de nós, e ao morrer perde o veludo
Fica torpe, ao avesso, opaco, torto
Acaba, é o antigato; porque nada
Nada parece mais com o fim de tudo
Que um gato morto.
Vinícius de Moraes
Linda poesia que retirei do Facebook dedicado à gatinha Medusa: http://www.facebook.com/media/set/?set=a.650759644943983.1073741832.503150859704863&type=1
Medusa 2012-2013 |
Oh meu Deus essa é a minha gata, entrei nesse blog por acaso, que coisa maravilhosa, obrigada!
ResponderEliminarFiquei muito comovida com o texto e com a homenagem à Medusa, por isso não podia deixar de lhe prestar uma homenagem aqui no meu blog.
EliminarFico muito contente que tenha lido!
Lamento muito a sua perda...
Um abraço apertadinho! <3